terça-feira, 29 de setembro de 2009

O começO de tudo.



Há três anos atrás estava eu, desempregado em um ônibus da linha Rubem Berta, dirigindo-me ao centro de Porto Alegre. Quando o coletivo passava pela Avenida Sertório, avistei um hippie sobre uma bicicleta Berlineta dos anos 70. Essa imagem não me sai da cabeça, foi depois dessa imagem que pensei em adquiri a primeira bicicleta antiga.
Depois disso consegui um emprego em Xangri-lá no restaurante de meu pai, o meu primeiro salário reservei uma uns reais para comprar a primeira bicicleta antiga que poderia encontrar. Falei com todos que trabalhavam no restaurante, que se soubessem, de alguém que tivesse uma Monareta ou Berlineta que me avisassem.
Duas semanas depois o Moto boy da empresa falou-me que tinha uma Monareta verde à venda em uma bicicletaria. Prontamente fui à bicicletaria e avistei a relíquia. Negociei o preço e comprei um quadro muito feio por módicos R$ 35,00 reais.
Quando cheguei ao restaurante todos riam da minha cara.
- Tu és louco? Não podes ser certo da cabeça. E por aí vai.
Porém esta foi a primeira aquisição não lembro a data infelizmente, mas não me passava pela cabeça que tornaria-me colecionador de bicicletas.
Enquanto continuavam rindo, eu comecei a comprar quadros e mais quadros, meu pai disse-me que eu deveria jogar fora aquelas porcarias que estava adquirindo.
Mas só eu sabia da alegria de reencontrar com a minha infância a cada bicicleta que comprava.
Mas nunca imaginei que minhas bicicletas antigas seriam mostradas na maior rede de televisão do Rio Grande do Sul, a matéria passará no próximo sábado, três de outubro, às 11 30 min no Programa Patrola da RBS.
Enfim é uma longa história de visitas a sucatas, ferros velhos, viagens pessoas que conheci negócios que fui ludibriado e com o tempo, fui aprendendo a negociar melhor. Amigos que fiz em bicicletarias, na internet e nos sucatões da vida.
Pessoas de todas as classes sociais.
Mas chega, isso foi só um prólogo. Em breve contarei tudo em um livro, que começarei a escrever na semana que vem.
Mas tudo vale a pena quando a alma não é pequena. (Fernando Pessoa)

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